quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Balança bebê



Minirrede ajuda recuperação de bebês em UTI




Um projeto inovador tem ajudado na recuperação de bebês prematuros internados na UTI neonatal do Hospital de Clínicas de Niterói, região metropolitana do Rio. Dez minirredes de tecido foram instaladas em incubadoras.
Aconchegados no pedaço de tecido, os bebês diminuem sua frequência respiratória e cardíaca, gastam menos energia e se recuperam mais rápido.
De acordo com o diretor médico do hospital, Paulo Cesar Santos Dias, a rede reproduz, em certo nível, o ambiente que o bebê tinha no útero materno.
"A rede deixa o neném quentinho e mais próximo da mãe, além de amenizar a má impressão provocada por todo o aparato tecnológico que cerca o bebê", diz o médico.

Hospital das Clinicas de Niteroi, no Rio, adota projeto pioneiro com uso de minirredes para tratar de prematuros


As redes são feitas por uma costureira que usa, em sua confecção, flanela e atadura de crepom. Quando um bebê recebe alta, o material é esterilizado no próprio hospital.
"Na redinha, os bebês também acertam a postura, principalmente a do quadril, e diminuem o risco de ficar com a perna arqueada", diz a neonatologista Márcia Patrão.
A ideia foi "importada" de uma maternidade da Paraíba. A técnica não é indicada para bebês em estado mais grave, que precisam estar ligados a muitos aparelhos.
Na última semana, três prematuros foram encaminhados para as incubadoras equipadas com redes.
Um deles é Emanuel, que nasceu com sete meses e sete dias. Sua mãe, Débora Silva Luz, 28, está todos os dias no hospital para acompanhar sua recuperação.
"Um vez, o Emanuel arrancou os fios dos aparelhos quando estava no colchão da incubadora. Na rede, ele ficou mais calmo, menos incomodado com essa aparelhagem", afirma a mãe. "Também já aconteceu de ele começar a chorar. Aí eu balancei um pouco a rede e ele se acalmou logo", conta.
Os bebês passam por sessões diárias de fisioterapia para auxiliar a respiração e o desenvolvimento neuromotor. "A redinha facilita nosso trabalho, porque eles ficam relaxados e choram menos", afirma a fisioterapeuta Christine Camargo.
Apesar de não conhecer estudos que comprovem a eficácia do método, o médico Adalto Barbosa, do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz ver vantagens em sua utilização. "Isso permite que a criança tenha menor perda de calor e incorpore mais nutrientes, permitindo o aumento de peso do bebê."
Um possível indicador do benefício da rede está em um gesto detectado pela enfermeira Roberta Lomba, uma das coordenadoras do projeto. "Eles jogam o bracinho para trás e a perninha para fora da rede, o que mostra que estão confortáveis."


BOE-03-IE.jpg

Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/982160-no-rio-minirrede-ajuda-recuperacao-de-bebes-em-uti.shtml




Shantala

Aqui no Espírito Santo indico a Patrícia Rohsner 
Terapeuta em Shantala (Massagem terapêutica para bebês) 
CURSO DE SHANTALA (27) 8811.1330 - - 9915.1753
O toque, o mais antigo dos sentidos, ainda é um tabu em nossa civilização. O médico francês Frédérick Leboyer foi o responsável por introduzir no dia-adia de muitas mães, a arte hindu de massagear as crianças aprendida com Shantalla.
Leboyer, mais poeta que médico, descobriu a magia de Shantalla durante uma viagem à Índia. Encontrou-a em meio a uma enorme favela, em Calcutá, onde trabalhavam dois amigos seus. Por dias, fotografou a moça (paralítica) que massageava seu bebê todas as manhãs, aproveitando o sol.
E ensinou a muitas outras mães, através de seus livros (Shantalla, uma antiga arte de massagem, publicado no Brasil pela editora Ground), os segredos e a forma da massagem como lhe foram transmitidos.
A idéia é fornecer o que é fundamental para as crianças: contato, amor, carinho. Através da comunicação entre a mão e a pele (e mãe e filho), feita silenciosa e atentamente, como exige toda prática corporal, surge um novo relacionamento, cheio de amor e alegria, onde o aperfeiçoamento e o cuidado se revelam, claros como o sol da manhã.
Existem livros, cursos e muitas informações sobre shantalla, mas o pouco que a gente consegue explicar são os príncipios básicos da massagem. A shantalla é um conjunto onde tudo interage e que você irá aperfeiçoar de acordo com sua sensibilidade. "O importante é o contato da mão da mãe com a pele do bebê" , conta Stephánie Sapin-Lignères, que ensina a técnica em seu curso de preparação para o parto.
A melhor hora para fazer a shantalla é antes da soneca matinal do bebê. Logo depois da massagem, você dará o banho. No verão, pode fazê-la ao ar livre, deixando a criança ao sol. A técnica pode ser iniciada quando o pequeno entra no segundo mês. Até então, eles são muito frágeis para ficarem longos períodos de tempo sem roupa.
Um aviso importante: a shantalla deve ser evitada se o bebê estiver com febre, resfriado, com disenteria ou infecções. Outro lembrete: entre o segundo e o terceiro mês, a criança só está acordada enquanto estiver com fome. Então, para você conseguir fazer a massagem, dê o peito apenas o suficiente para forrar o seu estômago e siga as demais instruções. Caso contrário, se ela estiver satisfeita, bem alimentada, irá adormecer logo em seguida, e você não poderá acarinhá-la com técnica.
Para começar
Sente-se no chão, com as pernas esticadas, costas eretas, ombros relaxados. Use óleos vegetais naturais amornados (de hamamélis, amêndoas ou camomila, por exemplo), para que não ocorram choques térmicos. Coloque o bebê sobre suas pernas, em cima de um impermeável, com uma toalha ou uma fraldinha. Vocês se olham. Você se concentra e esfrega um pouquinho do óleo nas mãos. A questão do ritmo, lento e constante, é importante. O que muda é a pressão dos dedos, que aumentará naturalmente. Os movimentos são feitos com firmeza, sempre de dentro para fora (do centro para as extremidades) ou de baixo para cima. Para completar, tente começar sempre pelo lado esquerdo e terminar do lado direito. Segundo os estudiosos da medicina oriental, este é o sentido da energia no corpo humano. Aviso às iniciantes: não se assustem com os gritinhos que a massagem provoca nos bebês – são de puro prazer.

1- Comece pelo peito, deslizando as mãos do centro para as laterais, como se estivesse alisando as páginas de um livro.
2- Em seguida, você vai cruzar suas mãos pelo peito saindo do quadril esquerdo do bebê e chegando ao ombro direito, e do quadril direito para o ombro esquerdo. Deixe suas mãos subirem como ondas, alternadamente.
3- O próxímo passo são os braços. Vire o bebê de lado, segure o ombro com uma das mãos (como um bracelete) e o pulso com a outra. Vá deslizando do ombro ao pulso e alternadamente as mãos sempre que se encontrarem. Não esqueça o ritmo.
4- A seguir, faça o mesmo com as duas mãos, indo do ombro em direção ao pulso. O movimento imita um rosca, com uma mão no sentido contrário da outra.
5- Antes de fazer o outro braço, massageie a mãozinha com os polegares. Alongue os dedinhos, dobrando-os para trás gentilmente. Repita com outro braço e a outra mão. Primeiro o esquerdo, depois o direito – este é o rumo da energia, explicam os teóricos da medicina oriental.
6 – Coloque uma das mãos na base do peito e deslize em direção ao ventre, como se estivesse esvazindo a barriga do bebê. Repita várias vezes, alternando o movimento com a outra mão.
7- Depois, com a mão esquerda, segure os pés erguidos. Com o antebraço direito, vá deslizando desde o peito até o ventre. 
8- Chegamos às pernas. Repita os mesmos movimentos dos bracinhos, deslizando da coxa aos tornozelos. Primeiro, alongue. Depois, massageie com as duas mãos, sempre uma em sentido contrário da outra. 
9- Primeiro, os seus polegares vão massagear do calcanhar até os dedinhos. Depois, passe a palma da sua mão na sola do pezinho do bebê. Em seguida, repita os mesmos movimentos com a outra perna.
10- É a vez das costas. Vire o bebê de bruços, atravessado em seu colo, com a cabeça para o lado esquerdo. A massagem tem três tempos. No primeiro, você coloca suas duas mãos juntas, paralelas, na nuca do bebê, e vai deslizando até as nádegas, massageando para frente e para trás. As mãos vão e vêm, subindo e descendo, mantendo o ritmo, vagarosamente.
11- No segundo tempo, sustente as nádegas do bebê com a mão direita, enquanto a mão esquerda desliza da nuca ao bumbum, lentamente.
12- No terceiro tempo, segure os pezinhos com a mão direita mantendo as perninhas esticadas elevadas. Enquanto isso, a mão esquerda passeia da nuca em direção aos pés e recomeça mais uma vez.
13- Estamos quase no fim. Vire o bebê para massagear o rosto. A partir do meio da testa do bebê, deslize a ponta de seus dedos para os lados, ao longo das sobrancelhas. Depois, coloque os seus dedos entre os olhos e deslize pelas laterais das narinas. Para finalizar, contorne a boca e o maxilar em direção às orelhas.
14- Para liberar as tensões das regiões cervical e dorsal, da caixa torácica e a respiração superior, segure as mãozinhas do bebê e cruze os bracinhos sobre o peito, fechando e abrindo
15- Para liberar as tensões das vértebras, em especial as lombares, segure um pé do bebê e a mão do lado oposto, cruzando braço e perna, de forma que o pé se aproxime do ombro e a mão da coxa oposta. Repita o movimento do outro lado. 
16- Para relaxar as articulaçoes da pélvis e dos ligamentos com a base da coluna, segure os dois pés, cruzando as perninhas sobre a barriga do bebê. Em seguida, abra as perninhas, estenda e cruze novamente, invertendo a posição. 


Benefícios da Shantalla
  • Aumenta a oxigenação dos tecidos e estimula o fluxo de energia pelo organismo.
  • Favorecendo a respiração, ajudando o organismo a expelir toxinas e revitalizando o corpo.
  • A massagem também previne cólicas, prisão de ventre e insônia.
  • Tem uma ação relaxante e melhora o humor.
  • Atua diretamente sobre o desenvolvimento psicomotor.
  • Contribui para o contato afetivo e promove a harmonia do bebê com o mundo exterior.
retirado do site:








quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

As diferentes maneiras de levar o bebê para passear

Nos primeiros anos de vida, o bebê depende inteiramente da mãe: para se alimentar, receber amor, aprender as primeiras palavras e ter seu choro decifrado como fome ou sono. Antes de engatinhar – ou mesmo tentar – e dar os primeiros passinhos, porém, as mães precisam ter força e resistência para carregá-los no colo. Aliados, no entanto, não faltam para dar uma mãozinha.

Os carrinhos de bebê são grandes parceiros durante passeios no shopping, no calçadão da praia e em lugares onde o piso não tenha grandes elevações. Num parque, por exemplo, é recomendado levar tanto o berço de rodinhas quanto o sling  – aquele tecido que possibilita que o filho seja carregado no colo para todos os cantos. “Se ele estiver com sono, é mais fácil levá-lo no carrinho. Mas, para amamentar com mais privacidade ou levá-lo juntinho de forma mais prática, o estilo canguru é melhor”, explica a empresária Rafaela Verol.

No mercado, há dois tipos de slings: um que se prende a partir de duas pontas de velcro, e outro de tecido transpassado por dentro da argola. O primeiro geralmente é feito sob medida – da anca até os ombros -, já que a união das duas partes deve ser posicionada no meio da costas e a costura, logo na frente da barriga. “É como uma rede, mas o que move é o corpo da mãe”, diz. O segundo, como é regulável, serve para pessoas de 1,55m a 1,80m.

Além do acolchoado para evitar dor no ombro da mãe, o peso do neném é distribuído de maneira mais homogênea. Por ser anatômico e não ter nenhuma estrutura, o sling ainda facilita o contato materno e não machuca ninguém. “Os adeptos costumam chamá-lo de barriga externa. Mesmo assim, é aconselhado para caminhadas de até três horas”, lembra Rafaela.

A vantagem é que pode ser usado até que que a criança atinja 23 kg, peso comum aos três ou quatro anos de vida. E as opções de acomodá-lo são diversas: sentado, deitado, barriga com barriga, encaixado na cintura ou nas costas, como manda o costume das asiáticas, índias e africanas. “Na Ásia, muitas mulheres deixam o filho no dorso enquanto trabalham por horas nas plantações de arroz. Essa cultura tem ganhado muitos adeptos no Brasil, porque proporciona mais contato e, consequentemente, mais afeto”.

No supermercado, é uma boa tática para as mãos ficarem livres sem que a mãe se preocupe constantemente com a segurança da criança no carrinho de compras – ou ainda tenha que se desdobrar entre dois carrinhos no caso dos menores. “Para piscinas e clubes, existe o sling summer, que é confeccionado com um tecido que seca mais rápido”, conta.

Não existe um melhor método para locomover o bebê dentro de casa. Pode ser tanto num moisés quanto no próprio carrinho, que é mais prático se o ambiente for mais espaçoso. Dentro do carro, no entanto, não tem saída: a lei obriga o uso da cadeirinha, desde setembro de 2010, para crianças de até sete anos e meio – a multa para quem não obedecer chega a  R$ 191,54 e a perda de sete pontos na carteira de habilitação. Até 13 kg ou um ano, é necessário o bebê conforto no banco de trás. De 9 a 18 kg – ou de um a quatro anos, dependendo do fabricante – a cadeirinha deve ser usada. Depois, até 36 kg, o indicado é um assento de elevação, também chamado de booster, para que o cinto de segurança não machuque o pescoço.


Entrevista dada ao Blog do wall Mart (http://www.mundowalmart.com.br/)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O conceito do continuum - a importância da fase do colo

A antropóloga americana Jean Liedloff estudou a tribo venezuelana dos Yequana e defende que para conseguir um desenvolvimento físico, mental e emocional ótimo, o ser humano e especialmente um bebê, necessita o tipo de experiências às quais a nossa espécie se adaptou durante uma longa evolução. Para uma criança são: constante contato físico com seu cuidador desde o nascimento, dormir com os pais até deixar de fazê-lo por vontade própria, amamentação a livre demanda, ser levado constantemente nos braços ou de maneira que possa observar a atividade do adulto, ter cuidadores que respondam aos seus sinais imediatamente sem julgá-la e finalmente, sentir que cumpre as expectativas dos pais, que é bem-vindo e digno. Segundo Liedloff, as crianças cujas necessidades "continuum" forem satisfeitas crescerão com maior auto-estima e serão mais independentes.

Nos dois anos e meio que morei entre os índios da idade da pedra na selva sul-americana – não consecutivos, mas sim em cinco expedições distintas com muito tempo entre elas para refletir – cheguei a compreender que a natureza humana não é o que nos fizeram acreditar. Os bebês da tribo Yequana, longe de precisarem de paz e tranquilidade para dormir, tiravam uma soneca tranquilinhos enquanto os homens, mulheres ou crianças que os carregavam dançavam, corriam, andavam ou gritavam. Todas as crianças brincavam juntas sem brigar ou discutir e obedeciam aos mais velhos no mesmo instante e de bom grado.
A essa gente nunca lhes passou pela cabeça a idéia de castigar uma criança e, no entanto, seu comportamento não deixa entrever permissividade nenhuma. Nenhum moleque faz escândalo, interrompe os outros ou espera que um adulto lhe mime. Aos quatro anos, contribuíam mais com as tarefas do lar que davam trabalho elas mesmas.

Os bebês nos braços quase nunca choravam e era fascinante comprovar que não agitavam os braços e as pernas, não arqueavam as costas nem flexionavam as mãos e os pés. Permaneciam sentados nos slings ou dormiam encostados nos quadris do seu cuidador, desmentindo deste modo a crença de que os bebês precisam mover-se e flexionar as extremidades para exercitar-se. Também observei que não regurgitavam a não ser que estivessem muito doentes e que também não tinham cólicas. Quando se assustavam nos primeiros meses de engatinhar, não esperavam que ninguém acudisse correndo, ao invés disso, iam sozinhos em direção à mãe ou cuidador em busca dessa sensação de segurança antes de seguir com suas explorações. Inclusive sem supervisão, nem os menorzinhos se machucavam.

Será que sua natureza humana é diferente da nossa? Algumas pessoas assim o creem, mas evidentemente só existe uma espécie humana. Que podemos aprender, então, da tribo Yequana?

Antes de tudo, podemos tentar compreender o poder educativo do que eu chamo da “fase do colo”,que começa no momento do nascimento e termina quando o bebê começa a mover-se, quando pode afastar-se do seu cuidador e voltar quando queira. Essa fase consiste, simplesmente, em que o bebê tenha contato físico durante as 24 horas com um adulto ou criança mais velha.
A princípio, vi que essa experiência tinha um efeito extraordinariamente benéfico para os bebês, que não eram tão difíceis de tratar. Seus suaves corpinhos se adaptavam a qualquer postura que fosse cômoda para quem o levasse. Em contraposição a esse exemplo, vemos a incomodidade dos bebês que, com sumo cuidado, dormem no berço ou no carrinho. Bem agasalhados, se encontram lá jogados e rígidos, com o desejo de abrigar-se a um corpo vivo e em movimento: o lugar que lhes corresponde por natureza. Um corpo, em definitivo, que pertence a alguém que acreditará no seu choro e aliviará o seu anseio com braços afetuosos.
Adicionar legenda
Por quê nossa sociedade é tão incompetente? Desde a infância, nos ensinam a não acreditar nos nossos instintos. Condicionados para desconfiar do que sentimos, nos persuadem para que não acreditemos no choro de um bebê que diz: “ Me pega no colo!”, “Quero estar com você!”, “Não me deixe!”. Em lugar disso, recusamos a idéia da resposta natural e seguimos os preceitos da moda que são ditados pelos “especialistas” no cuidado infantil. A perda da fé em nossa experiência inata nos leva a pular de um livro a outro, à medida que vão fracassando todas e cada uma das modas passageiras.

É essencial entender quem são os verdadeiros especialistas. O segundo especialista em cuidado de bebês reside no nosso interior, assim como em cada ser vivo que, por definição, deve saber como cuidar de sua cria. É claro que o maior especialista é o próprio bebê, programado durante milhões de anos de evolução para demonstrar seu temperamento com sons e gestos quando gosta do cuidado que recebe. A evolução é um processo de perfeição que “afinou” nosso comportamento com uma precisão magnífica. O sinal do bebê, a compreensão deste por parte dos que o rodeiam e o impulso a obedecê-la formam parte do caráter da nossa espécie. Nosso intelecto presunçoso demonstrou-se mal preparado para advinhar as autênticas necessidades do bebê. A pergunta costuma ser: “Devo pegar o bebê quando chora?”, “Devo deixar chorar um pouco antes de pegâ-lo?” ou “Deveria deixar que chore para que saiba quem manda e não se torne um tirano?”.

Nenhum bebê concordará com essas imposições. De forma unânime nos fazem saber através de gestos e sinais que não querem que lhes façamos dormir e lhes ponhamos no carrinho. Como essa opção não foi muito defendida na civilização ocidental atual, a relação entre pais e filhos acabou marcada por essa confrontação.
O jogo se centrou em como fazer o bebê dormir no berço, mas nunca se debateu se é preciso respeitar ou não o choro do bebê. Apesar de que o livro de Tine Thevenin, The Family Bed (A Cama Familiar), entre outros, abriu a brecha com o tema de que as crianças durmam com seus pais, não se abordou com claridade suficiente o princípio mais importante: “Atuar contra a natureza como espécie conduz irremediavelmente à perda do bem-estar”.

Então, uma vez que compreendamos e aceitemos o princípio de respeitar as expectativas inatas, poderemos descobrir com exatidão quais são essas expectativas. Em outras palavras, saberemos o que é que a evolução nos acostumou a experimentar e sentir.

A Função Educativa

Como cheguei à conclusão de quão importante é a fase do colo para o desenvolvimento de uma pessoa? A primeira coisa que vi foi como era feliz essa gente nas florestas da América do Sul com seus bebês penduradinhos no corpo e, pouco a pouco, fui relacionando esse fato tão simples com a qualidade de vida. Mais tarde, cheguei a certas conclusões a respeito de como e por quê é essencial o contato contínuo com o cuidador na fase pós-natal do desenvolvimento.

Por um lado, parece que a pessoa que carrega o bebê (normalmente a mãe durante os primeiros meses e depois uma criança de 4 a 12 anos que devolve o bebê à mãe para que esta lhe alimente) está servindo de base para as experiências posteriores. O bebê participa passivamente nas corridas, passeios, risadas, bate-papos, tarefas e brincadeiras do cuidador que o carrega. As atividades, o ritmo, as inflexões de linguagem, a variedade de vistas, noite e dia, a variação de temperatura, secura e humidade, além dos sons da vida em comunidade, formam a base para a participação ativa que começará aos seis ou oito meses, com o arrasto, a engatinhada e depois o passo. Um bebê que passou todo esse tempo deitado no berço, olhando o interior de um carrinho ou o céu, terá perdido a maior parte dessa experiência essencial.
Devido à necessidade que a criança tem de participar, é muito importante que os cuidadores não fiquem olhando pra ele ou perguntando constantemente o que querem, mas sim que deixem que eles mesmos tenham vidas ativas. De vez em quando, não podemos resistir a dar-lhes um monte de beijos, no entanto, uma criança que está acostumada a ver passar a vida agitada que levamos se confunde e se frustra quando nos dedicamos a contemplar como ele vive a sua. Um bebê que não fez mais que contemplar a vida que vivemos, se submerge na confusão se lhe pedimos que seja ele quem a dirija.

Parece que ninguém se deu conta da segunda função essencial da experiência da fase do colo, inclusive eu mesma, até meados da década de 60. Esta experiência dota os bebès de um mecanismo de descarga do excesso de energia que não são capazes de fazer por si mesmos. Nos meses anteriores a poder mover-se sozinhos, acumulam energia mediante a absorção do alimento e a luz solar. É então quando o bebê necessita o contato constante com o campo energético de uma pessoa ativa que possa descarregar o excesso de energia que nenhum dos dois utiliza. Isso explica porque os bebês Yequana estavam tão relaxados e porque não ficavam rígidos, davam chutes ou arqueavam as costas.

Para oferecer uma experiência ótima nesta etapa temos que aprender a descarregar nossa energia de maneira eficaz. Podemos acalmar mais rapidamente um bebê correndo com ele, dançando ou fazendo o que seja para eliminar o excesso de energia próprio. Uma mãe ou pai que tem que sair de repente para buscar alguma coisa não precisa dizer: ”Fica com o bebê que vou correndo até a loja”. O que tenha que sair que leve o bebê. Quanto mais ação, melhor.
Bebês e adultos experimentam tensões quando a circulação de energia nos seus músculos não flui bem. Um bebê cheio de energia acumulada não descarregada está pedindo ação: uma volta pela sala dando pulinhos ou uma dança agitada. O campo de energia do bebê aproveitará imediatamente essa descarga do adulto. Os bebês não são as pessoinhas frágeis que costumamos tratar com luvas de seda. De fato, se neste estágio de formação tratamos a um bebê como se fosse frágil, acabará acreditando que é fraco de verdade.

Como pais, podemos conseguir a destreza para comprender o fluxo de energia do nosso filho. No processo, descobriremos muitas mais maneiras de ajudá-lo a manter o suave tônus muscular do bem-estar ancestral e de proporcionar-lhe a calma e o conforto que necessita para sentir-se confortável nesse mundo.
Publicado originalmente na revista Mothering, edição do inverno de 1989
Leitura:
- Continuum Concept, The – Liedloff, Jean. Perseus Books (1986).

http://www.continuum-concept.org/
Tradução de Bel Kock-Allaman

O Choro do Bebê em Diversas Culturas

"Há extensa evidência científica de que o estilo ocidental de cuidar do bebê repetidamente e, provavelmente de forma perigosa, provoca uma violação no sistema adaptativo chamado CHORO que evoluiu para ajudar os bebês a comunicarem-se com os adultos. Nos Estados Unidos, por exemplo, as pessoas estão acostumadas a crianças chorando em público. É aceito e até esperado que bebês em algum ponto da vida vão chorar por longos períodos. Como resultado, muitos adultos em transportes públicos passam longe de pais com crianças pequenas, para ficarem distantes antes de a choradeira começar. A situação é dramaticamente diferente em outras partes do mundo.

Até para um visitante esporádico, torna-se evidente que bebês fora da cultura ocidental raramente choram. Eu nunca vi um bebê na África ou em Bali chorando, durante as minhas muitas viagens a esses lugares. E esta observação é confirmada por pesquisas de pediatria relacionada à antropologia.

Num estudo comparando o total de choro entre bebês americanos, holandeses e da tribo !Kung San, Ronald Barr descobriu que os bebês nas 3 culturas choram com igual freqüência - ou seja, começam a choramingar o mesmo número de vezes por dia. Todos os bebês, independentemente da cultura, também produzem uma curva similar de choro (pico por volta dos 2 meses). Mas há uma dramática diferença na duração do choro nas diversas culturas. Bebês ocidentais berram por muito mais tempo em cada episódio de choro e o total de tempo gasto chorando a cada dia é maior tanto na Holanda quanto nos USA.
O pediatra Barry Brazelton descobriu que bebês da cultura Maya no México estão freqüentemente acordados mas calmos e não verificou períodos de choro intenso.

Num estudo com 160 bebês coreanos, um outro pesquisador descobriu que nenhum bebê foi classificado como tendo cólica, não houve pico de choro aos 2 meses de vida e aparentemente não houve choro excessivo no final da tarde. A amostra é intrigante porque os coreanos têm o mesmo nível sócio-econômico de outras nações desenvolvidas.

Bebês coreanos de 1 mês de vida passam somente 2 horas por dia, ou 8,3% do seu tempo, sozinhos. Em contraste, bebês americanos passam 67,5% do seu tempo sozinhos. Além disso, bebês coreanos são carregados no colo quase duas vezes mais diariamente que os bebês americanos. E as mães coreanas sempre respondem imediatamente ao choro do bebê, enquanto mães americanas são tipicamente ignoram o choro do bebê por grande parte do tempo.

Em outro estudo, Bell e Ainsworth descobriram que mães americanas deliberadamente não respondem a 46% dos episódios de choro dos bebês durante os primeiros 3 meses de vida. Deduz-se que o estilo de cuidar dos coreanos leva o mérito pelo menor tempo de choro e a inexistência de cólica.

Os estudos mostram que, embora o choro por si só seja universal entre os bebês, a forma em que o choro se manisfesta não é inato, mas facilmente influenciado pelo meio.
A noção de que todos os bebês choram muito de noite é falsa. A crença de que cólica é o final de um volume normal de choro, que é algo inevitável, também é errônea. O choro é altamente influenciado pelo ambiente imediatamente em volta do bebê.

Por mais que seja difícil explicar a uma mãe americana insone e exausta, que está passando mais uma noite em claro embalando seu filho, o estilo de cuidar ocidental parece ser a raiz do desconforto do bebê. E a solução não está simplesmente na forma de embalar ou de alimentar a criança. Nem significa que uma mãe é melhor que a outra.

Novas pesquisas mostram que os bebês ocidentais tipicamente choram por mais tempo e até desenvolvem "cólica", porque o estilo de cuidar que é culturalmente aceito é contraditório com a biologia infantil. Quando um bebê chora inconsolavelmente por horas, quando seu corpinho se arqueia em frustração, quando seus punhos dão socos no ar de raiva, vemos o exemplo mais claro de contradição entre biologia e cultura. O bebê está respondendo a um ambiente que foi culturalmente alterado e para o qual ele não está biologicamente adaptado.

O bebê é biologicamente adaptado a demandar um apego físico constante e um cuidado para o qual o bebê humano evoluiu milhões de anos atrás. Mas em algumas culturas, como nos países industrializados da Europa e da América do Norte, pais optam por uma relação mais independente com seus bebês. Eles decidem colocar os bebês em berços e em bebês-conforto ao invés de carregá-los consigo o tempo todo, alimentá-los em intervalos pré-determinados ao invés de sob demanda e responder mais lentamente aos seus sinais de desconforto. Embora esse estilo traga alguma liberdade aos pais, também traz um custo: um bebê chorão que não está biologicamente adaptado à modificação cultural."
Extraído do livro Our Babies, Ourselves. Meredith F. Small.

Capítulo "Crying across cultures"
Tradução de Flávia Mandic

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Himaba usa Método Mãe-Canguru para evitar problemas em recém-nascidos

    Os bebês que nascem com um peso inferior a 2,5 quilos devem receber uma atenção especial das mães. Para isso, no Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, os profissionais orientam o uso do Método Mãe-Canguru a fim de garantir maior proteção contra infecções e outras doenças que podem acometer os recém-nascidos.
    De acordo com a coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH), a pediatra Rosa Albuquerque, deve haver uma atenção humanizada para recém-nascidos de baixo peso. “Essas crianças correm um maior risco de adoecer e de morrer. Infelizmente, são comuns os casos de bebês que nascem pesando menos de 2,5 quilos”, comenta.
    Segundo estatísticas mundiais, todos os anos nascem 20 milhões de crianças com baixo peso, sendo que um terço morre antes de completar um ano de vida. A maior causa de morte infantil são as doenças perinatais, como problemas respiratórios, asfixia e infecção.
    Os recém-nascidos acabam nascendo com baixo peso, geralmente, devido a problemas ocorridos durante a gestação. “Há casos que a mãe não fez pré-natal, ou mesmo fumou durante a gravidez. A mãe pode ter algum tipo de complicação que atrapalhou o desenvolvimento do bebê ou que acabou resultando no nascimento prematuro”, explica Rosa Albuquerque.
    As mães que tiveram bebês com menos de 2,5 quilos devem passar o máximo de tempo possível em contato com o filho, usando o Método Mãe-Canguru, em que a criança fica amarrada, em um contato direto com a barriga da mãe. “O método é prazeroso para a mãe e para o bebê. A amamentação acaba sendo mais estimulada, e o recém-nascido fica protegido contra vários males”, esclarece Rosa.
     Uma mãe que resolveu usar o método para dar uma atenção especial ao filho é Daniele Oliveira Silva. O bebê dela está internado na área de médio risco do Himaba, pois nasceu com 34 semanas, pesando 1,280 quilo. No momento, ele está em recuperação e o contato com a mãe certamente está ajudando no processo
Método Mãe-Canguru
    Para um bebê prematuro, a primeira etapa do método consiste no acompanhando, por parte da mãe, dentro da Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin). A criança deve perceber a presença da mãe a cada momento, por meio do toque. Já na segunda fase, ainda na maternidade, a criança passa a ficar amarrada à mãe, por um bom tempo. Após a alta médica, o método deve continuar sendo empregado em casa.
“O método aumenta o vínculo da mãe com o filho. Os pais ficam mais confiantes, quando o bebê recebe alta médica, se o método é empregado. Além disso, é possível conseguir uma alta mais rápida”, diz a pediatra.
Números
Um bebê é considerado de baixo peso quando nasce pesando menos de 2,5 quilos. Até o início de outubro deste ano, foram registrados 2.377 nascimentos de bebês vivos com baixo peso no Espírito Santo, sendo que 18 tinham menos de 500 gramas, 122 tinham entre 500 e 999 gramas, 207 com peso entre 1 quilo e 1,499 quilos e 2.030 bebês pesando de 1,5 quilo a 2,499 quilos. Em 2007, foram registrados, ao todo, 3.834 nascimentos de bebês vivos com baixo peso.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ORGANIZADOR DE CARRO

*EM 100% ALGODÃO

* CABE REVISTAS, BRINQUEDOS, LIVROS...

* CABE PERFEITAMENTE EM QUALQUER BANCO DE CARRO

* É LAVÁVEL

ORGANIZE SEU CARRO SEM PERDER O CHARME!

R$45,00


BEGE



AZUL